sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Medo é moda do...

Esses dias me mandaram uma pregação do Pr. Paul Washer intitulada "Pregação Chocante". Não consegui assistir tudo... a única coisa que aquilo estava produzindo em mim era medo, ou algo de natureza igualmente sinistra. Ora, qualquer um que seja honesto e disponha de conexão, ainda que dial-up, com a consciência sabe que no encontro de contas com Deus a gente sempre sái devendo. Se for pra levar uma vida de relação comercial com o dono do mundo (referência aos pop-adesivos "Não sou dono do mundo mais sou filho do Dono"), se for pra mostrar serviço pro patrão da existência, ora bolas, eu tenho certerza que pra este eu só dei prejuízo.

Vale a pena citar que sofro de um caso raro, hábito em perigo iminente de extinção: Ouvir. Ouvir como quem ao ouvir se transporta pro cenário do locutor, ao ouvir se vê pintado na obra do artista e ao ouvir a "Pregação Chocante" se amedronta. Talvez você pense que essa pregação só daria medo em quem tem culpa no cartório. Duh! Lógico e quem não tem, você? Esse tipo de "boa-nova" só não dá medo em dois tipos de ouvintes: Tapados e Fariseus, que no fim das contas são o mesmo.

O adágio popular diz: "Quem não deve, não teme."
Eu acrescentaria: "Quem não se enxerga é cego."
E mais: "Quem é cego cai no buraco."

A verdade é que: Medo jamais gerou céu, medo gera inferno. Medo combina com inferno, medo é a cor que pinta as paredes do quarto do diabo e a moda que veste os seus anjos. Amor lança fora todo medo.

Sim, me deu medo e por isso nem terminei de assitir. Foi-se o tempo em que me deleitava com funestas pregações. Os púlpitos do lado fora infelizmente grassam desgraça, mas no púlpito que se instalou na minh'alma só grassa Graça de Deus.

Se for pra levar na ponta do lápis meu saldo é negativo, mas graças a Deus e graças somente a Ele! Ele não é contador e eu objeto de auditoria.

De modo que o Inferno é o lugar que me espera mas, pela Graça, é o lugar pra onde não vou.

Um comentário:

  1. Eu entendo seu ponto de vista Davi, mas o problema é que tem muita gente usando a graça como desculpa pra continuar sendo os mesmos a vida toda, tendo os mesmos maus hábitos e praticando os mesmos pecados de estimação. É esse cristianismo superficial, que não dá espaço para o Espírito Santo santificar a pessoa, que fez a igreja inchar ao invés de crescer. Creio que foi essa a mensagem que o Paul Washer estava querendo passar: você não é salvo só porque orou uma certa oração uma vez na vida, porque vai na igreja todo domingo, ou porque você é igual aos outros cristãos, mas se houve uma mudança clara, visível, notável em sua vida, pois isso é evidência que Deus realmente mora em você e é Ele que está provocando essa mudança porque só Ele pode nos mudar de verdade. É o nascimento da nova criatura ao invés de uma reza repetida.

    Eu ouvi todos os 45 minutos e não senti medo. Sou perfeito? Não, talvez seja até pior do que aqueles que não conhecem a Jesus ainda, mas tenho a consciência de que sem santidade ninguém verá Deus, e sei que sozinho nunca vou conseguir me santificar, mas pela graça de Deus Ele me ajudará a alcançar o objetivo dele pra mim.

    Graça não é desculpa pra não ter santidade, é o caminho pelo qual a alcançamos.

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